O primeiro Gato de Louça nasceu em meados da década de 80 na Universidade Rural, em Seropédica - RJ, fundado pelo guitarrista e compositor Toninho Albuquerque e o baixista/tecladista Sergio Izecksohn, com o intuito de fazer rock progressivo instrumental, ágil, pesado e de qualidade. O Gato prog encontrou acolhida na extinta Fluminense FM de Niterói (“A Maldita”), que chegou a programar o trabalho instrumental da banda várias vezes por dia, bem como outras rádios que apoiavam o rock alternativo nacional.

Contracapa e capa do 1º CD de 1985 - UMC Extra 123.5

Nota do Autor

Na véspera do Natal de 2010, meu amigo Paulo Malária, tecladista e produtor, me ligou propondo relançar por seu selo Stolen Records o CD do Gato de Louça, que saíra em 1995 sem a repercussão esperada. A ideia era resgatar o trabalho com remasterização, nova capa e faixas bonus gravadas posteriormente no Studio Tandera do meu amigo Tande. Fiquei empolgado e providenciei as mixagens, que acabaram sendo feitas em vários studios e por técnicos de som diferentes, já com tecnologia moderna e digital, gerando uma considerável diferença em comparação com o primeiro trabalho, todo analógico.

A banda Gato de Louça é pra mim uma coisa muito mágica. Ela parece que encanta, parece que envolve. Nossos músicos gravam, tocam, viajam, ralam, suam a camisa porque gostam da banda, se sentem felizes em fazer parte dessa grande família.

Considero fundamental o vocal rascante e incisivo de meu amigo Tavinho Godoy (fazemos aniversário no mesmo dia). Acho ele a cara do Gato, está no grupo há tanto tempo, é como se fosse meu irmão. Vale ressaltar o agudo sustentado na faixa “Bala Perdida”, que ainda tem direito a uma bela gargalhada no final do grito.
Nesse longo trajeto musical sempre pude contar com a ajuda de bons amigos e músicos maravilhosos sem os quais nada disso teria sido realizado. Quero homenagear o meu amigo Pena, já falecido, excelente baterista que fez parte do primeiro trabalho. Agradeço ao Malária, pela oportunidade e a paciência; Nato Gomes, pela sua eterna amizade e sua arte; Scubi Jenné, grande amigo e artista; Claudio Bohrer e André Luis, pela força e amizade; Tande, pela chance de gravar as faixas-bonus; aos autores das mixagens: Marcelo Frisieiro, “Gang” e “A Sombra do Amor”; Marcelo Rubião, “Bala Perdida”; Toninho Barbosa e Cícero Pestana, “A Sangue Frio”; Muito obrigado a todos os que participaram deste disco.

O rock progressivo influenciou muito minha carreira, mostrando com clareza que a boa música independe do estilo. Falando em influências musicais: J. S. Bach, Ritchie Blackmore com certeza, Gentle Giant, Al di Meola, Jimi Hendrix e Hermeto Pascoal.

Este trabalho é dedicado ao meu pai Gerson Lins de Albuquerque, que me ensinou os primeiros acordes. Que o som do Gato ecoe pelas noites tranquilas de Bananal - SP, onde ele reside.